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Retinopatia Diabética

A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira no mundo.

As alterações causadas pelo diabetes descompensado há mais de 10 anos, danificam os vasos sanguíneos finos e delicados da retina, resultando em sangramento (hemorragia na retina e no gel vítreo), inchaço e descolamento da retina. 

A longo prazo, o paciente começa apresentar embaçamento visual, que pode ser lento e progressivo, e perder a visão de uma hora para hora, devido ao sangramento total no fundo no olho.

Os pacientes com diabetes mal controlado apresentam um risco de perder a visão 25 vezes mais do que as que não tem diabetes.

Por esse motivo, a prevenção é o principal fator no combate a cegueira causada pela retinopatia diabética.
Fundo de olho normal
Fundo de olho mostrando pontos de hemorragia em toda a retina.

Existem dois tipos de Retinopatia Diabética:

Retinopatia Diabética não Proliferativa (RDNP)  

A RDNP é o tipo inicial da doença. Ocorre quando os vasos sanguíneos da retina começam a vazar, aparecendo os pontos de sangramento visíveis no exame de mapeamento de retina. 

A retina torna-se espessa e inchada e não funciona corretamente. Se o vazamento ocorrer na mácula (a parte central e mais importante da retina), a visão ficará turva. Se os vazamentos ocorrerem na periferia da retina, pode não haver impacto na visão, porém tem o risco de evoluir para a forma grave sem o paciente saber que tem a doença.

retinopatia diabética
Fundo de olho normal
retinopatia diabética
Estágio inicial da doença: inchaço na mácula e pontos de sangramento em toda a retina.

Retinopatia Diabética Proliferativa (RDP)

A RDP é o tipo mais grave da doença. Ocorre quando os vasos sanguíneos da retina já estão muito danificados, e não conseguem nutrir adequadamente a retina. 

Novos vasos sanguíneos anormais, chamados de neovascularização, se formam como resposta do organismo aos vasos originais danificados. 

Esses vasos sanguíneos anormais podem causar sangramento dentro do olho (hemorragia vítrea), podem fazer com que a pressão do olho suba perigosamente (glaucoma neovascular) e podem formar tecido cicatricial que descola a retina (descolamento tracional da retina). 

Tecido cicatricial, alta pressão ocular ou falta de fluxo sanguíneo podem resultar em cegueira se não forem tratados. 

Quanto mais cedo a neovascularização for descoberta e tratada, maior a chance de preservar a visão.

Estágio avançado da doença: vasos anormais, sangramento intenso na retina e no gel vítreo e tecido fibrótico que acarreta o descolamento da retina.

Ambos os tipos de retinopatia diabética podem ocorrer sem uma alteração perceptível na visão no início. Portanto, é imperativo, se você tem diabetes, realizar avaliações com o especialista em retina e os exames oftalmológicos de rotina.

O diagnóstico precoce da doença permite o tratamento imediato e evita a perda de visão irreversível.

Sintomas:

Os sintomas dependem do estágio da doença e do acometimento da visão central. Se a área central (mácula) não estiver acometida, o paciente pode já estar na forma grave da doença e não apresentar sintomas. Por isso, o exame de rotina é fundamental para detectar a doença a tempo hábil de tratamento. Alguns sintomas:

  • visão embaçada
  • dificuldade visual noturna
  • visão dupla
  • dificuldade na leitura

Quais exames devem ser feitos para avaliar se o diabetes está acometendo os olhos?

O oftalmologista, especialista em retina, realiza o exame completo, que envolve a verificação de quanto o paciente está enxergando, pressão ocular, motilidade ocular, e o mais importante, o exame de mapeamento de retina.

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Imagem da Dra. Mariângela realizando o exame de mapeamento de retina com o aparelho na cabeça e a lente específica.

Os exames são feitos após dilatação das pupilas para avaliar minuciosamente qualquer anormalidade na retina.

Procuramos sinais de inchaço na retina, hemorragia, crescimento anormal dos vasos sanguíneos, descolamento da retina e glaucoma associado ao diabetes. Além disso, exames especiais são feitos, que incluem:

  • Retinografia colorida
  • Tomografia de Coerência Óptica (OCT)
  • Angiografia de fluoresceína (AF)

O OCT é o exame atualmente mais utilizado para o diagnóstico e tratamento da retinopatia diabética, principalmente quando ocorre o edema macular diabético (inchaço na parte central da retina)

Tomografia (OCT) de mácula sem alterações

Qual o melhor tratamento para a Retinopatia Diabética?

O controle cuidadoso do diabetes com uma dieta adequada, atividade física e associada ao tratamento medicamentoso prescrito pelo endocrinologista, são as principais formas de evitar e controlar a doença.

O tratamento para a retinopatia diabética depende da gravidade da doença. O tratamento inclui avaliações frequente dos olhos, tratamento com laser (fotocoagulação a laser), injeções intraoculares de medicamentos e cirurgia de retina (vitrectomia) para os casos muito graves. 

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